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Nao somos o que sentimos, pensamos o que somos.


Compreendendo a ansiedade

Salkovskis (Salkovskis, P.M) traz que as pessoas com ansiedade clínica tendem a fazer, automaticamente, dois tipos de avaliações a respeito de situações:

1) superestimar o perigo ou ameaça em uma situação/ experiência de vida; e

2) subestimar sua capacidade de enfrentamento desta situação.

A percepção de que está sendo ameaçado, está em perigo ou vulnerável de alguma forma prepara o organismo para responder a este perigo ou ameaça.

A pessoa ansiosa tende a acreditar que há enormes chances de adversidades temidas ocorrerem, que os custos ou consequências serão altos, e que ela não irá superar ou não saberá lidar com a situação. Assim estamos falando da interpretação distorcida que as pessoas ansiosas tendem a fazer. Elas interpretam os fatos como ameaçadores, principalmente os ambíguos. Portanto, este fator também é de extrema relevância a ser trabalhado no processo terapêutico mencionada por Salkovskis, Hawton, Kirk e Clark (1997). Ainda segundo eles (Salkovskis, Hawton, Kirk e Clark, 1997, p.165), cabe citar a hipervigilância que as pessoas ansiosas têm um limiar relativamente baixo para a percepção de ameaças. É como estar sintonizado num determinado comprimento de onda. Se bem sintonizado, essas coisas serão mais prontamente notadas.

De acordo com Salkovskis (Salkovskis, P.M), o processamento da situação costuma ser automático. A princípio, a ansiedade normal seria uma reação diante de um perigo “realista” e se dissiparia quando este perigo não está mais presente. No entanto, a ansiedade clínica é desproporcional ao grau e severidade do possível perigo. Esta ansiedade segue mesmo quando o perigo não existe ou não está mais lá. Isto quer dizer que, se a pessoa percebe uma possível ameaça de forma exagerada, desproporcional, alterações emocionais (ansiedade), comportamentais (evitar ou sair de uma situação, por exemplo) e fisiológicas (taquicardia, suor, tremores, tensão muscular) são ativadas como se aquele perigo fosse tão grave quanto ela acredita.

Uma ameaça percebida pode ser física (p.ex. medo de sofrer danos à integridade física), social (p.ex. medo de ser julgado negativamente pelos outros ou de ser rejeitado) ou mental (p.ex. medo de perder o controle ou de ficar “louco”).

Um forte Abraço


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